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Mais um grande sucesso CAFIB!

A histórica Estância Turística de Guaratinguetá, fundada no século XVII, tem sido, tradicionalmente, palco do encerramento das atividades anuais do CAFIB - Clube de Aprimoramento do Fila Brasileiro. E, como de costume, no amplo recinto de exposições da cidade (às margens da Rodovia Presidente Dutra, km 60) - que recebe as mostras de animais, os maiores shows musicais da região e abriga também o Kartódromo Internacional de Guaratinguetá - fechamos nosso calendário de 2016, no dia 4 de dezembro, com a realização de um grande evento, que incluiu a 103ª Exposição Nacional do Fila Brasileiro e a 31ª Exposição do Fila Brasileiro de Guaratinguetá.

Troféu Chico Peltier de Melhor Tigrado

Foi neste mesmo local - há um ano, quando encerramos nosso calendário de 2015 -, que o CAFIB, por iniciativa de seu diretor e juiz, Francisco Peltier de Queiroz, instituiu o Troféu Cafibra, nome de seu antigo canil, com objetivo de estimular a criação de Filas portadores da hoje um tanto rara pelagem tigrada. Esse prêmio, que passou a se chamar Troféu Chico Peltier, é dividido em duas categorias de idade, independentemente de sexo: Melhor Tigrado com menos de 1 ano e Melhor Tigrado com mais de 1 ano, que foram julgados por Chico Peltier e Mariana Campbell.

Como de praxe, desde 1996, os melhores de classe, assim como o Melhor Macho, Melhor Fêmea e Melhor Cabeça da Exposição recebem o Troféu Sebastião Pereira Monteiro Júnior, em homenagem ao saudoso juiz do CAFIB, que morava em Aparecida e foi responsável por ter trazido, de Itanhandu (MG), um dos mais importantes reprodutores da raça, o cão Leão, de criação do lendário João Costa. Mais uma vez, Domingos e Emílio, os dois filhos de Sebastião, estiveram presentes e entregaram diversas premiações aos participantes. E, a partir de 1997, o exemplar escolhido como o Melhor Temperamento da Exposição passou a ser premiado com o Troféu Walter de Souza Novaes Nunes, homenageando o também saudoso fundador do Canil Jawa, que, desde os anos 1980, tantos exemplares importantes produziu e que tem continuidade hoje sob a direção de seu filho Fabiano Gonçalves Nunes, integrante do Quadro de Juízes do CAFIB.

Os oito juízes que atuaram na exposição

Outra inovação criada em Guaratinguetá, por ocasião da 100ª Exposição Nacional do Fila Brasileiro no ano passado, e novamente adotada agora, foi a forma de escolher os três concorrentes mais bem classificados para o prêmio de Melhor Temperamento da Exposição. Além dos dois juízes oficialmente responsáveis pelo julgamento da mostra - Luciano Gavião (Descalvado, SP) e Airton Campbell (São Paulo, SP), que julgaram, respectivamente, machos e fêmeas -, todos os outros integrantes do Quadro de Árbitros do CAFIB, presentes no recinto, também entraram em pista para avaliar e dar notas às reações manifestadas na prova de ataque pelos oito exemplares previamente classificados especificamente para esta disputa. Nesta 103ª Nacional, atuaram, para a escolha deste prêmio, por ordem alfabética, Américo Cardoso dos Santos Jr. (Vargem Grande Paulista, SP), Fabiano Gonçalves Nunes (Guaratinguetá, SP), Francisco Peltier de Queiroz (Rio de Janeiro, RJ), Giovani Éder de Carvalho (Guaratinguetá, SP), Jonas Tadeu Iacovantuono (Guaratinguetá, SP) e Mariana Campbell (São Paulo, SP), totalizando, assim, oito juízes.

Durante o evento, também foi prestada uma homenagem especial ao fundador, primeiro secretário, diretor e juiz do CAFIB Luiz Antonio Maciel, pelo dedicado trabalho que, desde 1978, este importante jornalista e cinófilo vem realizando em prol da raça. Ele foi o idealizador, redator e editor do jornal “O Fila”, além de ter sido um dos principais responsáveis pela elaboração dos Estatutos e Regulamentos de nossa entidade.

Estiveram presentes criadores, expositores, além de participantes e aficionados, vindos de 19 cidades de cinco estados brasileiros. Entre os paulistas, compareceram representantes de Aparecida​, Atibaia, Caçapava, Descalvado, Guaratinguetá, Jacareí, Juquitiba, Mogi das Cruzes, Monte Mor, Roseira Velha, São Bernardo do Campo, São Carlos, São Paulo e Vargem Grande Paulista; os mineiros vieram de Aiuruoca, Itanhandu e Patrocínio; e contamos, também, com a presença de goianos, de Goiânia, cariocas, do Rio de Janeiro e baianos, de Salvador. Em outras ocasiões, premiamos com o Troféu Fileiro da Estrada o expositor que rodou a maior distância para trazer seus cães à Exposição. Caso existisse o Troféu Fileiro dos Ares, ele teria sido entregue ao médico e criador João Nunes, titular do Canil Alufam, que para prestigiar o evento de Guará, voou até São Paulo vindo da Bahia de Todos os Santos. Este nome - da maior baía do Brasil e segunda do mundo, atrás apenas da Baía de Bengala, no Oceano Índico - lhe foi dado, em 1º de novembro (Dia de Todos os Santos) de 1501, pelo cartógrafo florentino Amerigo Vespucci (1454 - 1512) - também chamado de Américo Vespúcio nos países lusófonos -, seguindo o costume da época de nomear os acidentes geográficos em homenagem aos santos dos dias em que eles eram identificados. A antiga capitania da Bahia de Todos os Santos - que depois transformou-se em província e, finalmente em estado - era o principal porto de exportações do Hemisfério Sul. Sua importância estratégica fez com que a Cidade do São Salvador da Baía de Todos os Santos - fundada em 1549 e depois conhecida simplesmente como Salvador - tivesse sido escolhida como a primeira capital do Brasil.

Na Análise de Fenótipo e Temperamento, realizada pela manhã, compareceram 9 exemplares e apenas um foi reprovado, por reação desqualificante nas provas de ataque. A Exposição foi iniciada às 13:30 hs e Chico Peltier pediu um minuto de silêncio em respeito às mais de 70 pessoas - entre jogadores, treinadores e diretores da Associação Chapecoense de Futebol, além de tripulantes e jornalistas - mortas no acidente aéreo em Medellin, na Colômbia. Nesse mesmo trágico local, em 1935, também vítima de acidente aéreo, morreu o grande cantor de tangos Carlos Gardel, considerado um dos mais importantes intérpretes de música popular do mundo na primeira metade do século XX, cuja voz foi registrada pela Unesco no Memory of the World Programme (Programa Memória do Mundo), criado para preservar o patrimônio documental de interesse universal.

Para a realização de um evento como este, que encerrou as atividades do CAFIB em 2016, contamos com o auxílio de um número muito grande de pessoas, a quem ficamos muito gratos. Registramos nossos especiais agradecimentos ao trio que atuou com eficiência na secretaria: Cleide Cocito Cardoso dos Santos, Denise Gavião e Mariana Campbell; aos cobaias Kristian (de Guaratinguetá, SP) e Rodrigo (de Atibaia, SP);  ao Canil Itanhandu, que providenciou os troféus; a Henriqueta e Benedito (Pelé), da lanchonete; e a Benedito (Benê) José de Lima Neto, pelo apoio geral.

Os principais resultados foram:

MELHOR MACHO da exposição - Kratos do Itanhandu, de Brenda e Rodrigo Queiroz.

MELHOR FÊMEA da exposição - Baiúca do Balacobaco, de Flávio Pires.

MELHOR CABEÇA da exposição - Marabá III de Santa Luzia, de Newton Filizola.

MELHOR TEMPERAMENTO da exposição - Baiúca do Balacobaco, de Flávio Pires.

E, ao final da mostra, como de costume, foram somados os pontos alcançados por todos os concorrentes ao longo do ano para o fechamento do ranking e a entrega dos prêmios aos que mais se destacaram. Nesta temporada 2016, os principais títulos foram:

Campeã Brasileira de 2016 – Baiuca do Balacobaco e
Campeão Brasileiro de 2016 – Kratos do itanhandu

CAMPEÃO BRASILEIRO - Kratos do Itanhandu.

CAMPEÃ BRASILEIRA - Baiúca do Balacobaco (que, ao repetir o título obtido no ano passado, tornou-se Bi-Campeã).

CRIADOR DO ANO - Canil Itanhandu.

EXPOSITOR DO ANO - Cíntia e Gérson Junqueira de Barros.

TEMPERAMENTO DO ANO - Baiúca do Balacobaco.

REPRODUTOR DO ANO - Umiri do Itanhandu.

REPRODUTORA DO ANO - Filó do Itanhandu.

Os resultados completos serão brevementedivulgados no site do CAFIB.

Mais uma vez, encerramos um ano de muito sucesso e grandes conquistas, sempre em prol do melhoramento genético do Fila Brasileiro, desejando a todos um excelente 2017.